terça-feira, 15 de janeiro de 2013

When the daylight comes I'll have to go,
but tonight I'm gonna hold you so close;
'cause in the daylight we'll be on our own,
but tonight I need to hold you so close.

    Maroon 5, Daylight

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Colocou a tristeza no bolso e saiu de casa.
Saiu, mas não tinha rumo.
Morava no centro burguês da cidade, entao foi passando de loja em loja, cafeteria, boutiques.

Nada.
Não encontrou nada que fizesse com que aquilo, há pouco colocadono bolso traseiro de sua calça jeans, fosse embora.

Parou, e colocou a tristeza de novo no bolso traseiro da calça jeans, mas dessa vez abotoou o bolso "Daqui tu não me sai" pensou.

Continuou andando.
Se apaixonou e desapaixonou por vários homens em questão de segundos; namorou inúmeras peças de roupas e minutos depois terminava com cada um delas. Se entregava a docinhos caseiros mas no fim via o prejuízo que teria no dia seguinte, tendo que deixar mais apertada a sua dieta.

E nada.
Aquela coisinha no bolso traseiro parecia nao gostar de bundas. Queria sair dali a todo custo, queria se alojar nos olhos e ver o mundo. Vinha subindo devagar, passando pela barriga, apertando o peito, desfazendo o sorriso e por fim chegava aos olhos.

"Não!"
Ela pensou.
"Não te quero aqui, vá embora!"
Ah, se falar fizesse as coisas acontecerem!!

Veja bem: o dinheiro não era problema. Tinha o suficiente para sustentar uma família com 10 pessoas se quisesse.
Amor também não era o problema, pois conseguia quem queria em um piscar de olhos, sem contar que estava noiva do homem dos sonhos de qualquer mulher.
Emprego, também não era problema, trabalhava em uma revista super famosa e visada no mundo da moda.
Tinha família e amigos, tinha uma gata, um peixe e em seu "home town" tinha sua cachorra favorita. Para resumir tudo isso: tinha tudo o que precisava, tudo o que muita gente quer.

Parou, pois percebeu que algo nela queria de lhe dizer alguma coisa, e entao se manifestou:
A praga nos olhos disse a ela que "ter tudo" nem sempre é ter tudo, afinal de contas, se tivesse tudo, a tristeza não estaria a acompanhando neste dia.

Lets dance

Não quero saber

Sentada no ponto do ônibus, me peguei pensando em várias coisas.
Coisas do dia-a-dia, ou  devaneios cotidianos, pensamentos solitarios, daqueles que não compartilhamos com ninguém.
Pensei no ano novo, esse 2013 desconhecido para todos nós; pensei nos cachorrinhos que brincavam na rua; pensei pra quem será que o mocinho sentado do meu lado estava mandando mesagem, entre um milhão de outras coisas.
Mas, confesso, uma coisa, um pensamento me pegou de surpesa: o que em mim te faz me amar?

Silêncio mental.

Tentando descobrir, mergulhei mais uma vez no meu mar de pensamentos.
Pensei.
O que em mim te faz me amar....
Seria o fato (ou o detalhe) de que pinto minhas unhas e sempre tem aquelas de cores diferentes... Seria meu cabelo curto, meus dentes da fileira de baixo que sao tortinhos? Seria minha alergia a jeans, minha rinite, ou minha miopia?
Seria aquela maquiagem preta, a calça rasgada, os sapatos de salto 15, ou a pinta na bochecha?
Pensei, e pensei e pensei....
O que em mim te faz me amar?
Seria o amor que tenho por você que te faz me amar? Ou seria a diferença de opiniões?

Silêncio mental.

Não sei vocês, mas eu gosto do silêncio mental.

No fim das contas, no meio do meu devaneio, tive outro devaneio, e parei de tricotar meus neurônios e desisti  de tentar descobrir os motivos. Talvez sejam inúmeros, e talvez sejam escassos.
O que em mim te faz me amar...?
Cheguei a conclusão de que não quero descobrir. Quero esse suspense. Quero pensar nisso e achar motivos pelos quais você pode me amar, mesmo que eles não sejam reais.
Quero apenas que você me ame, porquê eu te amo. Quero que você me ame, mesmo que não haja motivos para tal.

Deixei a pergunta no ar, sorri, joguei a pergunta debaixo do caminhão que vinha e fui viver o meu dia.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Queimando

O sol entrava pela janela, iluminando tudo a sua volta. Sentia queimar a pele dos braços e todos os outros centímetros de seu corpo.
Queria abrir os olhos, porém sabia que iam arder com a luz ofuscante do sol, então continuou deitada, sentindo a presença de outro corpo ao seu lado. Procurou quase que freneticamente as mãos de seu companheiro, e ao encontrá-las se sentiu intimamente segura.
Queria chegar mais perto mas ao mesmo tempo estava com medo de acordá-lo, então apenas permameceu de mãos dadas.
O sol queimava as duas mãos da mesma maneira que a paixão queimava o coração dela. Por um momento quis sair da cama e fugir do sol, mas nao viu motivos para fugir dessa chama viva e quase que palpável, entao se deixou queimar. Deixou queimar.
E queimar
E queimar
A chama do sol e da paixão queimaram até nao ter mais para onde queimar.
Estava ela ali, deitada, queimada, acordada e queimando sozinha.
Por todo este tempo esteve de olhos fechados, e então, reuniu toda a coragem que pode, e abriu os olhos.
Abriu os olhos e viu que queimava acompanhada. Não sabia, mas aquele que segurava sua mão estava acordado e a observando.
Há quanto tempo? Nem imagina.
A única coisa que sabia, era que enquanto queimava de sol e de paixão, ele também queimava.
Se queimaram por horas a fio. Não contaram as horas mas também não havia motivos para contá-las.
Nos olhos um do outro, viram que quando se encontra o fósforo de uma paixão, não há para quê não riscá-lo e fazê-lo pegar fogo.
O sol se escondeu, as estrelas e a lua tomaram seu lugar.
A cama não queimava mais com a luz do sol, mas queimava por outro motivo.
Olharam os dois pela janela, e viram o véu de pequenos e milhares de diamantes brilhando céu, universo e Via Láctea afora; viram aquele pedaço grande de queijo suíço prateado no céu...não havia outro lugar a estarem se não ali, naquela cama-fogueira de chamas infindáveis.

O sol se escondeu, as estrelas e a lua tomaram seu lugar, mas os dois ainda queimavam.
E queimaram...
E queimaram.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

sempre nós
sempre juntos
sempre amigos
sempre amantes
sempre apaixonados

como um só
como só nós dois
como nunca antes
como sempre fomos
como sempre seremos

um casal
a dois
um casal
de um só
um casal
de amor
um casal?
a gente


quarta-feira, 16 de maio de 2012

As coisas pequenas

Após o expediente, foi ao seu bar preferido, tomou sua cerveja.
Uma, duas, três ou cinco latinhas. Depois deciciu beber um whisky ou qualquer coisa que o fizesse esquecer de como sua vida era miserável desde que...

Desde de que o quê? Ele se pergunta.
Desde que subiu de cargo na empresa? Desde que comprou um apartamento no lugar mais badalado da cidade? Desde que comprou um filhote de gatinho para lhe fazer companhia? Ou desde que ela o deixou, e tudo isso que ele conquistou, não haveria ninguém com quem pudesse compartilhar...?
Sim, desde tudo isso que passou.

Quase todas os dias, após o expediente ia ao bar beber umas e logo depois se dirigia para casa, com o olhar triste e vazio, e chegava em casa, naquele apartamento grande, triste e vazio.

Ao chegar havia um gatinho manhoso querendo o cafuné e a comida do dia. Não havia muita louça para lavar, afinal de contas ele tomava o café da manhã na rua, almoçava na empresa e de noite raramemte comia em casa. Na pia, apenas uns copos e sempre os lavava nos finais de semana. A roupa, separava de sexta à noite para levar na lavanderia no sabado de manhã e buscar logo cedo, antes de ir ao trbalho na segunda.

Se fazia algum tempo que estava sozinho? Sim, quase um ano ou mais. Perdera a noção do tempo.

Se havia esquecido ela? Não, pensava nela todos os dias. E daí se fizesse tempo, um grande amor nunca é difícil de esquecer.

Se conheceu outra pessoa? Sim, conheceu gatotas e mulheres. Teve noites de amor em um canto qualquer da cidade, na casa delas ou em outro lugar. Nunca prestava atenção, numa tentativa de tirar ela da cabeça.

E ela? O que houve com ela?
Ela era rica de mais, boa de mais, bonita de mais, fofa de mais, inteligente de mais, cega de mais, muito de mais.
Ela se mudou para outro estado, se mudou para outro país, quase se casou, voltou ao país. A faculdade, o emprego, o dinheiro, a cobiça eram mais importantes do que achar a felicidade ou o amor verdadeiro.

Ele no entanto se tornou tudo o que ela queria.

Ela no entanto ficou sozinha, apenas com o seu emprego, dinheiro, cobiça e faculdade.

Ele procurou felicidade onde podia, ate encontrá-la sentada no banco do parque. Simples e bonita.
Era isso que procurava?
Sorriso no rosto, cabelo ao vento, olhos fitando o que seria um céu de aventuras e felicidade. Parecia que ele lia o que ela estava vendo, pensando.

E então, tudo o que aconteceu, as mulheres, a bebida, o apartamento, o emprego, o gato, coitado do gato, havia sido em vão, percebeu. O sofrimento não foi vão. Mas ali, naquele momento, percebeu que o tempo todo estava errado.

Aquela moça sentada no banco o fez perceber o quanto as coisas pequenas fazem a diferença.

Estacionou o carro, andou até o banco, se sentou ao lado da meiguisse em pessoa.

"Aceita um café?"


sexta-feira, 13 de abril de 2012

domingos de calor e amor

Era domingo.
Domingo retrasado, passado, presente, futuro.
Todo domingo.
Passamos as tardes juntos.
Brincamos de rolar na cama,
brincamos de tentar dormir e não conseguir, e voltar a rolar na cama.
Comer salada de fruta, ir na casa da irmã, ver TV: um filme ou seriado.
A noite chega,
o que vamos jantar?
não sei... mas eu faço a janta pra você
eu te ajudo
Abraços e beijos.
E nessa rotina gostosa, vejo (nos vejo) num futuro não tão distante,
nós dois na nossa casa, brincando de gente grande e casada e feliz,
fazendo o café da manhã, almoço e janta um para o outro.
Domingo segunda terça quarta quinta sexta ou sábado.
Nós dois. Juntos.
Apenas.





quinta-feira, 12 de abril de 2012

My sunshine my only sunshine

O dia pode amanhecer e o sol sair mas ele só vai brilhar quando você estiver aqui.
Meu raio de sol,  
espero que entenda,
que nao é um vício
é necessidade. 
Raio de sol, venha iluminar meus dias, todos os dias. 
Raio de sol não vá embora 
Nunca nunca nunca.... 
Meu raio de sol... meu raio de sol