quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Não quero saber

Sentada no ponto do ônibus, me peguei pensando em várias coisas.
Coisas do dia-a-dia, ou  devaneios cotidianos, pensamentos solitarios, daqueles que não compartilhamos com ninguém.
Pensei no ano novo, esse 2013 desconhecido para todos nós; pensei nos cachorrinhos que brincavam na rua; pensei pra quem será que o mocinho sentado do meu lado estava mandando mesagem, entre um milhão de outras coisas.
Mas, confesso, uma coisa, um pensamento me pegou de surpesa: o que em mim te faz me amar?

Silêncio mental.

Tentando descobrir, mergulhei mais uma vez no meu mar de pensamentos.
Pensei.
O que em mim te faz me amar....
Seria o fato (ou o detalhe) de que pinto minhas unhas e sempre tem aquelas de cores diferentes... Seria meu cabelo curto, meus dentes da fileira de baixo que sao tortinhos? Seria minha alergia a jeans, minha rinite, ou minha miopia?
Seria aquela maquiagem preta, a calça rasgada, os sapatos de salto 15, ou a pinta na bochecha?
Pensei, e pensei e pensei....
O que em mim te faz me amar?
Seria o amor que tenho por você que te faz me amar? Ou seria a diferença de opiniões?

Silêncio mental.

Não sei vocês, mas eu gosto do silêncio mental.

No fim das contas, no meio do meu devaneio, tive outro devaneio, e parei de tricotar meus neurônios e desisti  de tentar descobrir os motivos. Talvez sejam inúmeros, e talvez sejam escassos.
O que em mim te faz me amar...?
Cheguei a conclusão de que não quero descobrir. Quero esse suspense. Quero pensar nisso e achar motivos pelos quais você pode me amar, mesmo que eles não sejam reais.
Quero apenas que você me ame, porquê eu te amo. Quero que você me ame, mesmo que não haja motivos para tal.

Deixei a pergunta no ar, sorri, joguei a pergunta debaixo do caminhão que vinha e fui viver o meu dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário