quinta-feira, 5 de abril de 2012

Perdida sozinha, numa tarde qualquer, nos próprios pensamentos. Pensando no que podia fazer, no que podia dizer e no que podia mostrar, mas acabou não pensando em nada.
Se perdeu em um mundo onde tudo o que quer, não existe: um mundo onde todos a entendiam, ninguém a julgava, onde sua felicidade não dependia da pessoa do lado...
Um homem gritando a tirou do seu mundo: ela estava no meio da rua parada. Isso a fez acordar e andar apressadamente para a calçada e sentar em um banquinho que havia.
Vontade de sumir, cavar um buraco e nunca mais sair de lá.
Vontade de fugir e deixar tudo para trás, numa tentativa de nunca mais ter problemas.
Vontade de chegar na casa dele, fazer surpresa, abraçá-lo, deitar de conchinha, ver filmes a tarde inteira debaixo das cobertas se esquentando em uma tarde de inverno.
Mas tudo isso era só resultado de uma perdição de um dia qualquer de verão. Apenas isso.
Perdição.

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